domingo, 29 de setembro de 2013

CORPO EM MELODIA





Essa noite a inspiração me visitou, procurei por papel e caneta ou o meu tablet  ou o note e não os encontrei.




Então a coisa inspirada estava ao meu lado, um papel original, cifrado, de uma maciez ímpar, pronto para que o meu desejo e minha emoção guiassem o exercício de meu ofício. Primeiro meus lábios, sentia a maciez de sua pele, para que a minha língua o escrevesse nos lugares recônditos do seu corpo, aonde a minha mão não alcançasse.



O que dizer da sensação de me perder entre as palavras inspiradas e o prazer de escrevê-las em sua pele, que a sua translucência deixa exposto a sua alma, que me faz gritar até a exaustão tal prazer. Entorpecida pelo perfume de ti exalado, que há tempos virou o meu vício.





MEU VÍCIO É TE AMAR

Por Btse Avlis



Na dependência de você

Conto as horas para ao seu lado estar

Enquanto longe estou...

Sigo dependente da alucinação momentânea

De estar ao seu lado.



No desvario de uma noite silente

E da balburdia do dia

Ter a nítida sensação de meu corpo

No seu deslizar.



Do cavalgar em dueto,

De atravessarmos montanhas sinuosas

E de nos banharmos em rios de águas

Que nascem na profundeza de nosso ser.



Viciante sonho, ou dependente realidade.

Do que flui de sua alma,

Do seu corpo ávido em me alimentar.

Totalmente dependente do seu  amor.



Neste vício meus sentidos se perdem

E se entregam a VOCÊ.



Completamente entregue o meu eu, um compositor voraz se encanta, ao ler na sublimidade de sua pele.  Na alucinação momentânea as estrofes da canção, nasciam de um poema de amor, que o escrevi no prazeroso exercício de te amar.



No ápice do prazer eu compus o estribilho, mas o roçar de nossos corpos suados foi apagando o que já tinha composto, ficando em minha mente a canção de amor, que você meu poema me inspirou.





CORPO EM MELODIA

Por Btse Avlis



Toco o seu corpo

Compondo a melodia triunfal.

Claves.

Bemóis.

Bordões.

Primas.



A sua pele

Vestimenta do seu corpo

E o papel cifrado para melodia compor.



Em plena criação da partitura original

E do arranjo para que a minha voz,

No exato momento do amor a entoe.



Então de compositora a intérprete

Ora a improvisando em seu ouvido,

O que as minhas mãos exaustivamente

Vai escrevendo em sua pele.



No arrepio dos seus pelo,

A cada cifra por mim escrita,

O meu corpo entrega-se ao seu.



À medida que ele se entrega

A composição não é mais minha

Torna-se sua.



A Minha pele passa a ser

A extensão da sua...



E você começa a escrever

Prazerosamente a sua composição.


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