domingo, 7 de setembro de 2014

QUANDO OS MEUS OLHOS SE PERDERAM DOS TEUS

É assim que todas as vezes que os meus olhos se perdem dos teus, como fora da primeira vez, a saudade se instala em meu eu. 

Basta, aliás o teu olhar deixar de me acariciar, que ela não cabe em meu coração e passa a inundar minha alma até sair por meus olhos.

Nem é preciso dizer que foi sempre assim, todas as vezes que os meus olhos se privam do brilho que dos teus emanam, a noite fica velha. 

O sono em tamanha crueldade vence a vontade de mantê-los abertos, mas em teimosia se fecham e passo a te viver no mundo dos sonhos.


Tal qual a saudade que grita quando ainda no portão de embarque, em um entreolhar nos despedimos, no minuto a seguir os meus olhos são tomados por um orvalhar de lágrimas, perdendo o brilho de quando ao teu lado estou emanam.


Na vã tentativa, ainda no aeroporto, vivencio o esfumaçar da saudade, então sento fecho os olhos e tenho a certeza de quando eles se contemplam, todas as vezes que os nossos lábios se calam em um beijo.


E quando a porta se fecha e o comandante anuncia que o avião está pronto para decolar, a tua voz reverbera em minha mente: 

– Volta logo, amor!


Confesso a vontade de impedir o avião de decolar, deixá-lo ir e correr ao teu encontro dos teus braços e dele nunca mais sair, mas a voracidade da vida me contém e volto a lembrar-me do teu olhar ao se despedir.


No instante a seguir peço que o tempo me desse mais tempo para te ter em meus braços. 


Mas no seguir da vida, voltar a olhar o nada, o qual, aliás, tudo se transformou em minha volta, na ida um infinito azul e na volta cinzento. Até que a escuridão da noite saudosa, tome às vezes do mais lindo amanhecer, no qual, aliás, os primeiros raios de Sol iluminar o teu corpo nu.


Então para aliviar a saudade busco em minhas gratas lembranças, a mais linda visão: Você, o mar e horizonte vermelho do sol a se pôr!


E por toda viagem, como ora vem em meu pensamento, a tua imagem refletida no espelho d’água do mar que banhava os teus pés, quando nele estivemos. 


Como é costumeiro, quando regresso ao lar da minha parte humana, vez que para o meu eu... o meu coração... e a minha alma, o meu lar é você. Que, reiteradamente faço um pedido, ou melhor, clamo a onda enamorada pela areia, que por todo sempre me mostre refletido, no espelho das águas da vida, os teus olhos a brilhar.


O mesmo, que nos eternos instantes, nos quais os nossos olhos se encontram e nele o encantamento de te ver refletido, mais iluminante que os raios do sol.


Sabiamente o amor, forjou as nossas almas, as quais ao se reconhecerem, fez de cada instante por nós vividos únicos. 

Forjada no momento em que  os teus longos braços enlaçaram o meu corpo, na primeira vez a sós, sentimos a energia, como uma corrente elétrica, a qual tomou conta dos nossos corpos.


O mesmo, aliás, que sinto nas vezes que me lembro do abraço, que tornou eterno os nossos instantes. 


Clamo ao Ser Supremo, que tenha nos banhado com as águas da eternidade, ou ao menos, um átimo do amor que nos banhamos naquele momento se perpetue.


E que os nossos corações, estejam abertos para realmente encontrarem: A felicidade do amor!


Ora a realidade grita, ao meu redor, me faz seguir o meu caminho, passo a passo outrora rápido indo de encontro ao futuro, ora lento, como os meus dias são quando ao teu lado não estou.


Aliás, segundo a segundo, passo a passo o meu caminhar se compassam as batidas desarmônica que a saudade faz ao meu tristonho coração. 

Mas confesso, como ora estou a fazer, clamo ao tempo que nos desse mais tempo, para que os nossos corações batessem, por todo sempre em sintonia ao nosso amo.


Como clamo que não me faça mais sonhar acordada e sim a realidade de abrir as asas da vida, deixando as do sonho, para que me leve ao teu encontro, tomar-te em meus braços e te levar ao altar da felicidade e com ela nos casar.



Enquanto, a realidade não faça nascer às asas do crescer a dois, deixo que o vento traga por todo o caminho, minuto a minuto, sorriso a sorriso, palavra a palavra, êxtase a êxtase, que eu vivencie a sensação por nós vivida, a qual, tristemente se transforma a saudade que me dilacera, em breves sorrisos que me remedam.


Certamente, o que ora ratifico, que serão eternos os nossos instantes, como todas as sensações que estamos por viver, sejam elas de felicidade ou de tristeza, pois somos sabedoras de que almas que se reconhecem, como partes de um todo, que todo relacionamento ou casamento não é tudo a mil maravilhas, existi os altos e baixos, já que o ser amado nos desafia mais do que qualquer outra pessoa e vice-versa.


O que faz a minha alma seguir a te amar, até que a realidade nos leve ao altar da felicidade e com ela nos casar.


Enquanto isso, que eu te reencontre no mundo dos sonhos, para ter os teus sins em delírio, até os teus braços me enlace e torne reais os sins de nossos corpos e do amor que as nossas almas forjaram.



TEMPO E O AMOR

Por Btse Avlis



O que faço com o tempo?

Se teima em não passar...

... em minha alma.



O que faço com o tempo?

Se continuo a sonhar acordada...

... Com o meu amor a sorrir para mim.



O que faço com o tempo?

Se desejo no silêncio da noite...

...  ser por você amada

E te amar.



O que faço com o tempo?

Se o meu corpo reage, ...

...ao imaginar tuas mãos a me tocarem.



O que faço com o tempo?

Se ao ouvir sorriso,...

... imagino ser o teu.



Amor o que faço com o tempo?

Se meus instantes foram eternizados...

... pelos teus.



O tempo rei,...

...  por favor lhe peço:

Não demores a passar.



O amor,...

... que o fez eterno os instantes:

Quando as nossas almas se reconheceram

Como parte de um todo.



O tempo rei,...

... torne os braços do ser por mim amado,

O meu infinito lar.



O amor,...

... faça abrir as asas da realidade,

Que nos leve ao altar da felicidade

E com ela nos casar.








Reeditado em 08/09/2018


Apenas uma sugestão:
https://www.youtube.com/watch?v=9kmwY1Z3YNY

2 comentários:

  1. Lindo demais, tb estou louca de saudades do meu amor!!!

    ResponderExcluir
  2. Boa noite Btse
    Nossa, muito profundo, mergulhei junto na onda de sentimentos que transmitiu. Quando a gente lê , pensa logo: isso já aconteceu ou está acontecendo comigo! Se a saudade tem um lado bom com certeza é a inspiração que fica ainda mais aguçada em vocês poetas!

    Saudade
    Pimentas do Reino

    Quando bate a saudade
    Eu pego as cartas eu leio, eu releio
    Aspiro bem fundo o perfume o seu cheiro
    Na fotografia que você me deu, e eu
    Quando bate a vontade
    Eu fecho os meus olhos me vem o teu rosto
    Teu sorriso meigo a tua voz, o teu gosto
    Ah como eu queria poder te abraçar, te tocar
    Você inspira poesia
    Na hora do almoço, de noite ou de dia
    Na fila do banco, no banco da praça
    Esqueço do tempo nem noto quem passa
    E o tempo não passa
    Olhando pra lua na beira do lago
    Não vejo a hora de estar do teu lado
    Deitar no teu colo poder te acariciar

    Quando bate a saudade
    Eu pego as cartas eu leio, eu releio
    Aspiro bem fundo o perfume o seu cheiro
    Na fotografia que você me deu, e eu
    Quando bate a vontade
    Eu fecho os meus olhos me vem o teu rosto
    Teu sorriso meigo a tua voz, o teu gosto
    Ah como eu queria poder te abraçar, te tocar
    Você inspira poesia
    Na hora do almoço, de noite ou de dia
    Na fila do banco, no banco da praça
    Esqueço do tempo nem noto quem passa
    E o tempo tem hora
    E o tempo não passa
    Olhando pra lua na beira do lago
    Não vejo a hora de estar do seu lado
    Deitar no teu colo poder te acariciar

    E o tempo não passa
    Poder te acariciar
    E o tempo não

    Beijos!

    ResponderExcluir