É assim
que todas as vezes que os meus olhos se perdem dos teus, como fora da primeira
vez, a saudade se instala em meu eu.
Basta,
aliás o teu olhar deixar de me acariciar, que ela não cabe em meu coração e
passa a inundar minha alma até sair por meus olhos.
Nem é preciso dizer que foi sempre assim, todas as
vezes que os meus olhos se privam do brilho que dos teus emanam, a noite fica
velha.
O sono em tamanha crueldade vence a vontade de mantê-los abertos, mas
em teimosia se fecham e passo a te viver no mundo dos sonhos.
Tal qual a saudade que grita quando ainda no portão
de embarque, em um entreolhar nos despedimos, no minuto a seguir os meus olhos
são tomados por um orvalhar de lágrimas, perdendo o brilho de quando ao teu
lado estou emanam.
Na vã tentativa, ainda no aeroporto, vivencio o
esfumaçar da saudade, então sento fecho os olhos e tenho a certeza de quando
eles se contemplam, todas as vezes que os nossos lábios se calam em um beijo.
E quando
a porta se fecha e o comandante anuncia que o avião está pronto para decolar, a
tua voz reverbera em minha mente:
– Volta logo, amor!
Confesso
a vontade de impedir o avião de decolar, deixá-lo ir e correr ao teu encontro dos
teus braços e dele nunca mais sair, mas a voracidade da vida me contém e volto
a lembrar-me do teu olhar ao se despedir.
No
instante a seguir peço que o tempo me desse mais tempo para te ter em meus
braços.
Mas no
seguir da vida, voltar a olhar o nada, o qual, aliás, tudo se transformou em
minha volta, na ida um infinito azul e na volta cinzento. Até que a escuridão
da noite saudosa, tome às vezes do mais lindo amanhecer, no qual, aliás, os
primeiros raios de Sol iluminar o teu corpo nu.
Então
para aliviar a saudade busco em minhas gratas lembranças, a mais linda visão:
Você, o mar e horizonte vermelho do sol a se pôr!
E por
toda viagem, como ora vem em meu pensamento, a tua imagem refletida no espelho
d’água do mar que banhava os teus pés, quando nele estivemos.
Como é
costumeiro, quando regresso ao lar da minha parte humana, vez que para o meu eu...
o meu coração... e a minha alma, o meu lar é você. Que, reiteradamente faço um
pedido, ou melhor, clamo a onda enamorada pela areia, que por todo sempre me
mostre refletido, no espelho das águas da vida, os teus olhos a brilhar.
O mesmo,
que nos eternos instantes, nos quais os nossos olhos se encontram e nele o
encantamento de te ver refletido, mais iluminante que os raios do sol.
Sabiamente
o amor, forjou as nossas almas, as quais ao se reconhecerem, fez de cada
instante por nós vividos únicos.
Forjada no momento em que os teus longos braços enlaçaram o meu corpo, na
primeira vez a sós, sentimos a energia, como uma corrente elétrica, a qual
tomou conta dos nossos corpos.
O mesmo,
aliás, que sinto nas vezes que me lembro do abraço, que tornou eterno os nossos
instantes.
Clamo ao
Ser Supremo, que tenha nos banhado com as águas da eternidade, ou ao menos, um
átimo do amor que nos banhamos naquele momento se perpetue.
E que os
nossos corações, estejam abertos para realmente encontrarem: A felicidade do
amor!
Ora a
realidade grita, ao meu redor, me faz seguir o meu caminho, passo a passo
outrora rápido indo de encontro ao futuro, ora lento, como os meus dias são
quando ao teu lado não estou.
Aliás,
segundo a segundo, passo a passo o meu caminhar se compassam as batidas
desarmônica que a saudade faz ao meu tristonho coração.
Mas confesso, como ora
estou a fazer, clamo ao tempo que nos desse mais tempo, para que os nossos
corações batessem, por todo sempre em sintonia ao nosso amo.
Como
clamo que não me faça mais sonhar acordada e sim a realidade de abrir as asas
da vida, deixando as do sonho, para que me leve ao teu encontro, tomar-te em
meus braços e te levar ao altar da felicidade e com ela nos casar.
Enquanto,
a realidade não faça nascer às asas do crescer a dois, deixo que o vento traga
por todo o caminho, minuto a minuto, sorriso a sorriso, palavra a palavra,
êxtase a êxtase, que eu vivencie a sensação por nós vivida, a qual, tristemente
se transforma a saudade que me dilacera, em breves sorrisos que me remedam.
Certamente,
o que ora ratifico, que serão eternos os nossos instantes, como todas as
sensações que estamos por viver, sejam elas de felicidade ou de tristeza, pois
somos sabedoras de que almas que se reconhecem, como partes de um todo, que todo
relacionamento ou casamento não é tudo a mil maravilhas, existi os altos e
baixos, já que o ser amado nos desafia mais do que qualquer outra pessoa e
vice-versa.
O que faz
a minha alma seguir a te amar, até que a realidade nos leve ao altar da
felicidade e com ela nos casar.
Enquanto
isso, que eu te reencontre no mundo dos sonhos, para ter os teus sins em
delírio, até os teus braços me enlace e torne reais os sins de nossos corpos e
do amor que as nossas almas forjaram.
TEMPO E O AMOR
Por Btse Avlis
O que faço com o tempo?
Se teima em não passar...
... em minha alma.
O que faço com o tempo?
Se continuo a sonhar acordada...
... Com o meu amor a sorrir para mim.
O que faço com o tempo?
Se desejo no silêncio da noite...
... ser por você amada
E te amar.
O que faço com o tempo?
Se o meu corpo reage, ...
...ao imaginar tuas mãos a me tocarem.
O que faço com o tempo?
Se ao ouvir sorriso,...
... imagino ser o teu.
Amor o que faço com o tempo?
Se meus instantes foram eternizados...
... pelos teus.
O tempo rei,...
... por favor lhe peço:
Não demores a passar.
O amor,...
... que o fez eterno os instantes:
Quando as nossas almas se reconheceram
Como parte de um todo.
O tempo rei,...
... torne os braços do ser por mim amado,
O meu infinito lar.
O amor,...
... faça abrir as asas da realidade,
Que nos leve ao altar da felicidade
E com ela nos casar.
Apenas uma sugestão:
Lindo demais, tb estou louca de saudades do meu amor!!!
ResponderExcluirBoa noite Btse
ResponderExcluirNossa, muito profundo, mergulhei junto na onda de sentimentos que transmitiu. Quando a gente lê , pensa logo: isso já aconteceu ou está acontecendo comigo! Se a saudade tem um lado bom com certeza é a inspiração que fica ainda mais aguçada em vocês poetas!
Saudade
Pimentas do Reino
Quando bate a saudade
Eu pego as cartas eu leio, eu releio
Aspiro bem fundo o perfume o seu cheiro
Na fotografia que você me deu, e eu
Quando bate a vontade
Eu fecho os meus olhos me vem o teu rosto
Teu sorriso meigo a tua voz, o teu gosto
Ah como eu queria poder te abraçar, te tocar
Você inspira poesia
Na hora do almoço, de noite ou de dia
Na fila do banco, no banco da praça
Esqueço do tempo nem noto quem passa
E o tempo não passa
Olhando pra lua na beira do lago
Não vejo a hora de estar do teu lado
Deitar no teu colo poder te acariciar
Quando bate a saudade
Eu pego as cartas eu leio, eu releio
Aspiro bem fundo o perfume o seu cheiro
Na fotografia que você me deu, e eu
Quando bate a vontade
Eu fecho os meus olhos me vem o teu rosto
Teu sorriso meigo a tua voz, o teu gosto
Ah como eu queria poder te abraçar, te tocar
Você inspira poesia
Na hora do almoço, de noite ou de dia
Na fila do banco, no banco da praça
Esqueço do tempo nem noto quem passa
E o tempo tem hora
E o tempo não passa
Olhando pra lua na beira do lago
Não vejo a hora de estar do seu lado
Deitar no teu colo poder te acariciar
E o tempo não passa
Poder te acariciar
E o tempo não
Beijos!