sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A INSÔNIA SE APODEROU DE MIM.

Quatro horas... 

O silêncio foi quebrado por um grito, olhei pela fresta janela o nada, apenas ouvi passos apressados, um ranger de porta e um estampido seco.



A madrugada já estava a se entregar ao dia e na infinitude do céu a lua lentamente deixava se cobrir pelo vermelho reinante do sol, o qual, aliás, minuto a minuto vai se tornando ardente. 

Fiquei à espreita, olhando pela porta entreaberta, a fim de saber o que tinha acontecido. 

Ora o silêncio é quebrado pelos cantos dos pássaros a anunciar o alvorecer. 

Ouço os primeiros passos da manhã, ora lentos, ora apressados, os quais, aliás, são cortados pelo barulho de sirenes, do burburinho de pessoas aglomeradas vendo um corpo estendido no chão. 

O medo toma conta da minha alma e nada de passos a caminhar em direção ao meu lar. 

Depois a ausência do barulho de porta batendo, como era de costume e um bom dia, amor. 

Por minutos, sou tomada por um turbilhão de pensamentos...

Até que ouço o cachorro latindo, porta se abrindo e o meu: BOM DIA, AMOR! 

O dia ganha um brilho ímpar, dois sóis passam a fazer companhia ao astro rei e sou enamorada pelos olhos do ser por mim amado. Desperto, procurando você e felizmente estás ao meu lado, amor. 

O medo de outrora, deu lugar a mais linda realidade, braços me tomam para si e me fazem mulher.

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